Vitorino Salomé, Artista, Alentejano, Cantor, cante, Musica Portuguesa, Musica Tradicional, Popular, Jazz, Ligeira, português, Alentejo, Contactos, Cantores
Vitorino Salomé
27 Janeiro, 2018
C4Pedro, C4 Pedro, Artista, Cantor, Africano, contactos, artistas, contacto directo, artistas africanos, Portugal, Angola, Angolanos em Portugal, Artista C4 Pedro
C4 Pedro
18 Janeiro, 2018

António Zambujo, Artista da musica Portuguesa, artistas, Portugueses, Espectáculos de Musica Portuguesa, Artistas, Antonio Zambujo, artistas, espectaculos, cantores, concertos, musica portuguesa, António Zambujo, Antonio Zambujo, Cantor Antonio Zambujo, Artista António Zambujo

António Zambujo Contactos

Espectaculos

Sons em Transito
234 425 610
[email protected]

Site Oficial
Twitter
Facebook
Youtube

António Zambujo

Primeira data: 27 de Novembro de 2011. O Fado é distinguido, internacionalmente e de pleno direito, como “património imaterial da Humanidade”. Três anos depois, a 27 de Novembro de 2014, a música portuguesa repete o feito, girando o foco do mérito na direcção do cante alentejano. Mais do que curioso, muito mais do que circunstancial, torna-se significativo perceber que, muitas luas antes desses sinais de justo reconhecimento, já havia um homem a traçar um peregrino equilíbrio entre estes dois mundos com identidades próprias, grandezas semelhantes, percursos paralelos e, também, afinidades por descobrir: António Zambujo. Importa, desde já, afixar uma ressalva: nunca Zambujo se sentou comodamente no meio de uma qualquer ponte que ligue as duas escolas musicais, nunca procurou construir uma passagem artificial e enganadora entre estes dois universos que, manifesta e exemplarmente, o estimulam e lhe servem de bases. Bem pelo contrário, adopta como método de trabalho a aventura da inquietação, que lhe permite atravessar de margem a margem, sem sobressaltos mas sem adormecimentos, dando corpo à ideia de que não se pode fugir a um destino, mas pode sempre tentar-se a sua sistemática ultrapassagem e o seu crescimento para novas realidades. Como acontece com este cantor, cada vez mais indiferente às fronteiras e às balizas.

António Zambujo nasceu em Beja, Alentejo, a 19 de Setembro de 1975. Por inerência familiar e geográfica, cresceu a ouvir a gravitas do cante alentejano. Sabe-se, também, que, ainda pequeno, se deslumbrou com as grandes vozes fadistas, Amália Rodrigues à cabeça, mas trazendo à ilharga Maria Teresa de Noronha, Alfredo Marceneiro ou Max. Dispôs de uma feliz infância musical – começou a estudar clarinete com apenas oito anos – e de uma adolescência activa neste campo – cantando en família ou ganhando um concurso destinado a jovens fadistas, quando tinha 16 anos –, até que aportou a Lisboa, numa decisão de risco que ajudou a moldar-lhe o futuro. Em dois passos, fez-se amadurecer: no primeiro, pela mão do guitarrista e compositor Mário Pacheco, conheceu em regime diário (ou nocturno, se preferirem) os bastidores e os segredos do universo fadista, juntando-se ao elenco do Clube do Fado. No segundo, desbastou as inseguranças e os truques do palco, como um dos escolhidos por Filipe La Féria para o musical Amália, em cena durante quatro anos; António era nem mais nem menos do que Francisco Cruz, o primeiro marido de Amália.

Os capítulos de estreia em gravações próprias reafirmam o que atrás se disse: em 2002, publica O Mesmo Fado, já com composições por si desenhadas, fados de reportórios clássicos, contactos firmados com autores de primeira linha. Depois, em 2004, vira-se a Sul, debruçando-se sobre o Cancioneiro de Beja e dando novas cores à sementeira alentejana, já em comunhão aberta com o Fado, em que persiste – e persistirá – em casar a melhor memória com a novidade de eleição. O segundo álbum chama-se Por Meu Cante, e os dois títulos sublinham o cruzamento que atrás se referiu – e que nunca foi uma encruzilhada. Assumem uma impressionante regularidade os seus concertos no estrangeiro (só nesse ano, deixa a sua impressão digital em Paris, Toronto, Santander, Sarajevo ou Zagreb, para referir alguns exemplos). O segundo álbum contribuirá ainda, de forma decisiva, para novo prémio, o de Melhor Intérprete Masculino de Fado, atribuído pela Fundação Amália Rodrigues. Torna-se “embaixador” da Música Portuguesa, representando-a em festivais internacionais (caso do Atlantic Waves, em Londres). Participa de uma homenagem especial a Alain Oulman, um dos grandes fornecedores de Amália, na Festa do Avante!.

Com uma cadência certa e segura, António Zambujo vai disseminando os seus talentos – assim se explica, por exemplo,a presença de um grupo (Angelite) de Vozes Búlgaras no seu terceiro álbum, Outro Sentido, publicado em 2007. O disco permite ao cantor de Beja edições na Europa e nos Estados Unidos e, em simultâneo, o direito a reclamar um lugar autónomo e eleito no planeta da world music, salvaguarda para muitos dos que, em diferentes latitudes, ousam a diferença, que pode passar sobretudo pela autenticidade, como é o caso. Com o álbum, lançado no selo World Village da editora Harmonia Mundi, e com as suas constantes viagens, Zambujo conquista novas praças-fortes de divulgação, nomeadamente a francesa (Outro Sentido esteve colocado no topo de vendas da poderosa cadeia FNAC). Outra “excursão” altamente compensadora leva-o ao Brasil, com valiosas colaborações (Ivan Lins, Roberta Sá, Zé Renato) e com aplausos insuspeitos e entusiásticos (com destaque para a declaração de Caetano Veloso: “Quero ouvir mais, mais vezes, mais fundo (…) É de arrepiar e fazer chorar”.

Nesse Outro Sentido, dava-se largas à paixão pela música chegada do Brasil, especialmente aquela que parecia vir do fundo dos tempos (Vinicius de Moraes). Essa tendência para a travessia do Atlântico, mantida até hoje, aprofunda-se em Guia, álbum lançado em 2010, com a inclusão de temas assinada por novos valores brasileiros como Rodrigo Maranhão, Márcio Faraco ou Pierre Aderne, mas de igual forma com a solidificação de um núcleo admirável de contribuintes nacionais para a excelência do tesouro depositado na voz de António Zambujo – os poemas de Aldina Duarte, Maria do Rosário Pedreira, José Eduardo Agualusa, João Monge, as canções de Miguel Araújo. Esta lista chega para tornar transparente o crescimento “uniformemente acelerado” de António Zambujo, cujo reconhecimento e popularidade conduzem a espectáculos em países tão improváveis como Dinamarca (o seu concerto na Womex2010 deu direito a um programa de televisão exibido no prestigiado canal de televisão Mezzo), Noruega, Azerbaijão, Israel ou Bulgária. O seu trabalho vai sendo aplaudido pela crítica nacional (Blitz, Ípsilon/Público, Jornal de Letras) e internacional (revista Mondomix em França, revista Songlines em Inglaterra). Em paralelo, Zambujo confirma-se como valor acrescentado em festivais em Portugal (o Med de Loulé e Sines) e no estrangeiro (os franceses Chateauvallon e Nuits de Fourvière, respectivamente em Toulon e Lyon).

Quando chega Quinto, já o artista faz convergir em pleno o carinho, o aplauso e o entusiasmo de um público que sabe bem como distinguir o simples do simplista, o popular do popularucho, o calmo do nulo, o genuíno do fabricado. Canções como Lambreta ou Flagrante partem resolutamente para o “domínio público”, ao mesmo tempo que o seu intérprete é desafiado para duetos, colaborações, composições e autorias c cedidas a terceiros. Zambujo passa a situar-se numa das raras vagas para os que são vistos como medida-padrão, faz questão de deixar gravado um dos seus enormes encontros com o público em sala mágica (Lisboa, 22:38 – Ao Vivo No Coliseu), alinha ao lado de Ana Moura numa série de espectáculos que muitos não conseguirão – nem quererão – esquecer.

Vem, mais recentemente, outra jornada que vai parar à Rua da Emenda. Um disco que ora é viela estreita para amores arraçados de fadista, ora se transforma em avenida larga para escalas que trazem todo o mundo (Brasil, França, Uruguai, África) para a dimensão maior de um artista português. Dispensa os condicionamentos de trânsito, porque, guiados pelo sinaleiro que canta, todos têm lugar, sem problemas de estacionamento: aos lugares reservados para os colaboradores habituais, somam-se espaços novos e amplos para quem chega e é recebido em festa, casos de Samuel Úria e José Fialho Gouveia. As geografias ajustam-se à dimensão desta rua onde, num ápice, cabem os talentos imortais de Noel Rosa ou de Serge Gainsbourg, lado a lado com os nossos contemporâneos Jorge Drexler, Rodrigo Maranhão ou Pedro Luís. Prova de que esta Rua da Emenda é, afinal, uma rua do mundo. Generosa, coerente, variada e fascinante, como só acontece com aquilo que é tangente às nossas vidas.

Em 2015 António Zambujo voltou sem medo onde já foi feliz: aos palcos. Começou o ano em Paris, onde deu 13 concertos em 12 dias e chegou ao nº1 do top de World Music do iTunes francês. Mais tarde, e depois de 3 noites entre os Coliseus do Porto e Lisboa, foi agraciado com dois Globos de Ouro para Melhor Intérprete Individual e Melhor Música, com “Pica do 7”. Em Junho seria condecorado pelo Presidente da República com a comenda de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

Continua numa intensa digressão, nacional e internacional, com mais de 100 concertos já agendados para o ano de 2016. São noites em que nos sentimos convocados a agradecer-lhe todos estes anos, todas estas canções, todos estes momentos em que a sua voz foi o espelho, necessariamente melhorado, das nossas próprias vozes. E lá estaremos, ao lado de quem nos chama, sem nunca nos gritar.
in www.antoniozambujo.com

Artista António Zambujo

“No timbre e na prosódia lusitana de António as canções de Chico Buarque (escolhidas em períodos diferentes das muitas décadas de composição) parecem postas numa perspetiva que dá ao brasileiro uma tomada de distância – no espaço e no tempo – que o leva às lágrimas, assustado que fica com a nova evidência da sua grandeza”. Caetano Veloso


28 Noites Ao Vivo Nos Coliseus
António Zambujo, Miguel Araújo – Álbum

 

Tags: António Zambujo, Artista da musica Portuguesa, artistas, Portugueses, Espectáculos de Musica Portuguesa, Artistas, Antonio Zambujo, artistas, espectaculos, cantores, concertos, musica portuguesa, António Zambujo, Antonio Zambujo, Cantor Antonio Zambujo, Artista António Zambujo, Contactos de artistas, Cantores, Espetáculos, Musica ao vivo em Português